Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA

Presidente da FIA falou da suposta oferta de aquisição da categoria.

 

>> A notícia foi divulgada neste último fim de semana por Kadu Gouveia, no portal automotivo F1Mania.  O presidente da FIA, Mohammed bin Sulayem (foto), falou sobre uma suposta oferta de compra, no valor de US$ 20 bilhões do fundo soberano da Arábia Saudita, em relação a uma possível aquisição da Fórmula 1.

 

Um relatório da Bloomberg surgiu na terceira semana de janeiro, alegando que o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), presidido pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (foto), apresentou uma oferta de US$ 20 bilhões aos proprietários da Fórmula 1, Liberty Media, para assumir os direitos da categoria, embora isso tenha sido rejeitado.

 

A Liberty, que comprou a Fórmula 1 em 2017 por US$ 4,6 bilhões, aumentou rapidamente o valor da categoria, por meio de uma expansão substancial de seu público, devido em grande parte ao apelo global da série documental da Netflix, ‘Drive To Survive’, que trouxe um novo onda de fãs para a F1, embora o presidente da FIA, Ben Sulayem, acredite que esse valor de US$ 20 bilhões esteja ‘inflado’.

 

Saudistas compraram o Newcastle United

 

Juntamente com o crescimento atual em mercados-chave como os Estados Unidos, o PIF, que deseja expandir seu portfólio esportivo após a aquisição do clube de futebol da Premier League, o Newcastle United, e da chegada da F1 à Arábia Saudita, foi divulgado que o PIF quer levar a categoria para suas fileiras.

 

Mas o presidente da FIA pediu cautela quando se trata de tais movimentos, acreditando que o bem do automobilismo deve primeiro ser considerado antes que tais valores sejam levados em consideração.

 

Efeitos colaterais

 

Ele falou sobre como uma avaliação tão alta teria o possível efeito colateral de aumentar as taxas de hospedagem para as corridas, o que, por sua vez, aumentaria os preços dos ingressos para os fãs e poderia acabar impedindo as pessoas de assistir às corridas.

 

“Como guardiã do automobilismo, a FIA, como organização sem fins lucrativos, é cautelosa sobre os supostos preços inflacionados de US$ 20 bilhões colocados na F1”, escreveu Ben Sulayem no Twitter.

 

“Qualquer comprador em potencial é aconselhado a usar o bom senso, considerar o bem maior do esporte e apresentar um plano claro e sustentável, não apenas muito dinheiro.”

 

Bem Sulayem é cauteloso

 

“É nosso dever considerar qual será o impacto futuro para os promotores em termos de aumento das taxas de hospedagem e outros custos comerciais, e qualquer impacto adverso que possa ter sobre os fãs”, acrescentou Ben Sulayem.

 

A Arábia Saudita enfrentou várias acusações de ‘lavagem de dinheiro esportiva’, por meio do uso do PIF para trazer eventos esportivos para o país e a compra do Newcastle United, com o termo cunhado para definir uma organização ou nação que procura usar o esporte para pintar uma imagem favorável de si mesmo em um cenário global, enquanto é criticado por seu histórico contra os direitos humanos.

 

Mohammed bin Salman (foto)


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