Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, em 1989

Justiça Eleitoral comemora 90 anos do presidencialismo brasileiro.

 

>> Desde a proclamação da República (1889), a tradição democrática do Brasil elegeu 19 presidentes por oito ocasiões e outros oitos por indicações indiretas, incluindo cinco deles durante a intervenção militar no país.

 

Instalada a República, o Marechal Deodoro da Fonseca, líder do movimento militar republicano, assumiu provisoriamente a presidência da República e foi eleito presidente em eleição indireta, pelo Congresso, realizada em 25 de fevereiro de 1891, pela Assembléia Constituinte.

 

As eleições passaram a ser diretas de 1891 até 1930, quando Getúlio Vargas deu o golpe, instituiu o Estado Novo e ficou no poder até 1945. O ditador depois também disputou o voto direto e foi eleito em 1950 contra o brigadeiro Eduardo Gomes. 

 

A democracia durou até 1964, quando um Golpe de Estado Militar assumiu o poder e se manteve nele até 1985

 

Collor de Mello venceu a 1ª eleição para presidente pós-ditadura, em 1989 diante de outros 32 candidatos. E no segundo turno, bateu Lula com mais de 9 milhões de votos de frente. Um triunfo para o Caçador de Marajás que confiscou até a poupança do brasileiro. Dentre os postulantes ao Palácio do Planalto, naquela época, estavam: Fernando Gabeira pelo PV, Sílvio Santos (PMB), Jânio Quadros (PMC), Ronaldo Caiado pela União Cidade Campo (PSD e PDN), dentre outros.   

 

Reza a história republicana que nenhum dos presidentes

 eleitos em 1º turno, perdeu a eleição no segundo. Collor foi o 1º a manter a escrita.

 

Embora no Brasil a tradição democrática já tenha feito eleger 19 presidentes da República, por oito ocasiões, desde a proclamação da República, a 15 de novembro de 1889, já tivemos oito eleições indiretas.

 

Em fevereiro deste ano, a Justiça Eleitoral (JE) completou 90 anos de existência. Criada em 1932 com o intuito de dar transparência ao processo de escolha de representantes e aperfeiçoar o sistema eleitoral do país, a JE esteve à frente de 13 eleições presidenciais diretas, realizadas entre 1945 e 2022.

 

Nos anos de vigência do Regime Militar (1964-1985), as eleições presidenciais eram indiretas, sem participação desta justiça especializada.

 

Acompanhe com a gente esse importante documento histórico da Justiça Eleitoral que vai inspirar o eleitor nas eleições em 2º turno marcadas para 30 de outubro. São relatos fantásticos e históricos de uma verdadeira guerra política de partidos em disputa pelo poder.

 

A partir de 1989 as eleições passaram a serem realizadas em dois turnos e de lá para cá, o candidato que venceu no 1º turno jamais perdeu o pleito. É ver para crer, a não ser o Mito, encarnado por Bolsonaro consiga convencer a maioria da população brasileira.

 

 O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca a reeleição para um segundo mandato, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pretende governar a Nação pela terceira vez.

 

                                                                                                                     Atualizando

No primeiro pleito deste ano, Lula obteve 48,43% dos votos válidos, contra 43,20% de Bolsonaro. A diferença entre eles é de 5,23%, o que significam 6,1 milhões de votos. Pesquisa Ipec de hoje revela que Lula tem 50% dos votos totais e Bolsonaro 43%. 

 

A HISTÓRIA COMEÇA AQUI

Voto aberto e coronelismo

1ª República (1889-1930)

 

Embora tenham ocorrido onze eleições diretas durante a Primeira República (1889-1930), naquela época o voto era aberto e os pleitos seguiam controlados pelo coronelismo.

 

Para garantir que as medidas impostas por credores internacionais como condição de renegociação da dívida externa brasileira fossem aprovadas pela Câmara dos Deputados, Campos Sales, segundo presidente escolhido por voto direto, realizou manobras que possibilitaram a ele um maior domínio sobre quais candidatos seriam efetivamente diplomados, como explicou a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), Albene Miriam Menezes Klemi.

 

“O brasileiro estava dentro de um processo eleitoral totalmente viciado, com voto de cabresto, pessoas mortas eram registradas como votantes, estrangeiros votavam e, quando chegava a última instância, antes da diplomação, os eleitos ainda passavam pelo crivo das Câmaras Municipais de cada distrito eleitoral”, analisou.

 

Uma breve experiência democrática foi vivida pelo Brasil a partir das eleições presidenciais de 1945, pleito realizado sob a égide da Justiça Eleitoral e que contou com ampla participação de partidos políticos.

 

“Passa-se a ter eleições mais regulamentadas, com uma expressão maior do exercício da cidadania. Os eleitores a partir de 18 anos podiam votar e as mulheres, com base no primeiro Código Eleitoral, de 1932, também podiam votar”, observa a historiadora.

 

“Pela primeira vez se tem partidos nacionais, partidos de abrangência nacional, em todo país, e há uma grande mobilização da população que se organiza em movimentos sociais, culturais e políticos”, complementa a professora.

 

Conheça, abaixo, um pouco da trajetória do presidencialismo

no Brasil, cuja história se confunde com a da Justiça Eleitoral

 

A Proclamação da República (1889) trouxe avanços para a primeira reforma eleitoral, instituída pela Lei Saraiva.

 

Os requisitos de renda, que limitavam a possibilidade de candidatura a nichos abastados da sociedade, foram extintos. Contudo, a exclusão dos analfabetos, que, na época, representavam a maior parcela da população, foi mantida.

 

Na Primeira República (1889-1930), as eleições eram caracterizadas pela alta ocorrência de fraudes e, paradoxalmente, uma baixa adesão popular (menos de 6% dos eleitores efetivamente participavam da votação), uma vez que os pleitos estavam vinculados ao sistema coronelista e envolviam diversos episódios de violência. O voto era aberto, sem sigilo, fatores que permitiam que lideranças políticas controlassem em quem os eleitores votavam.

 

Embora no Brasil a tradição democrática já tenha feito eleger 19 presidentes do país, por oito ocasiões, desde a proclamação da República, a 15 de novembro de 1889, já tivemos oito eleições indiretas.

 

1º PRESIDENTE REPUBLICANO / 1891

Marechal Deodoro da Fonseca foi indicado pelo Congresso

 

Instalada a República, o Marechal Deodoro da Fonseca, líder do movimento militar republicano, assumiu provisoriamente a presidência da República e foi eleito presidente em eleição indireta, pelo Congresso, realizada em 25 de fevereiro de 1891, pela Assembléia Constituinte.

 

Malgrado os vícios e as fraudes eleitorais, características na 1ª República, se forma uma tradição democrática, caracterizada por eleições diretas, que só será quebrada em 1934, quando após o Governo Provisório promovido pela Revolução de 1930, o chefe do Poder Executivo, Getúlio Vargas, foi eleito, também por uma Assembléia Constituinte.

 

Foi, entretanto, no recente período da Ditadura Militar, iniciado em 1964, que as eleições indiretas tornaram-se uma prática.

 

Execradas durante todo aquele período, que se estendeu até 1985, foram realizadas seis eleições indiretas para presidente da República, sendo três pelo Congresso Nacional e três pelo Colégio Eleitoral, sendo que na última foi eleito um presidente civil, o deputado Tancredo Neves, que não tendo assumido em razão de seu falecimento, foi substituído pelo vice, José Sarney.

 

A primeira eleição para presidente foi indireta, em 1891, com a nomeação do marechal Deodoro da Fonseca pela Assembleia Constituinte.

Os 11 presidentes seguintes foram eleitos de forma direta.

 

1894 - Prudente José de Moraes e Barros foi o primeiro ocupante da cadeira eleito por votação popular e obteve 276.583 votos no pleito realizado no dia 1º de março de 1894.

1898 - Em seguida, veio Manoel Ferraz de Campos Sales, que recebeu 420.286 na eleição de 1898.

1902 - Já em 1902, Francisco de Paula Rodrigues Alves foi alçado à chefia do Executivo Federal com 592.039 votos.

1906 - Affonso Augusto Moreira Penna foi o quarto presidente eleito diretamente, com 288.285 votos. Depois dele, em 1906,

1910 - Hermes Rodrigues da Fonseca assumiu a Presidência da República, cargo para o qual foi eleito com 403.867 votos.

1914 – Wenceslau Braz - Sexto presidente, Wenceslau Braz Pereira Gomes recebeu 532.107 votos na votação de 1914.

1918 - Francisco de Paula Rodrigues Alves foi o sétimo presidente escolhido por eleição direta realizada no ano de 1918, mas não assumiu a função por ter contraído gripe espanhola, doença que o levou à morte em 16 de janeiro de 1919.

1919 – Epitácio Pessoa - O novo pleito realizado em abril daquele ano culminou na eleição de Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa com 286.373 votos.

1922 - Arthur da Silva Bernardes recebeu 466.877 votos em 1922 e foi o nono presidente eleito por votação direta.

1926 – Washington Luís - Na eleição de 1926 os eleitores escolheram Washington Luís Pereira de Souza como presidente, com 688.528.

1930 – Júlio Prestes   

 

Em 1º de março de 1930, Júlio Prestes de Albuquerque e Getúlio Vargas disputaram a eleição presidencial.

 

Prestes foi o mais votado, com 1.091.709 votos, mas não chegou a ser empossado. Denúncias de fraude eleitoral mobilizaram opositores do presidente recém-eleito, que não aceitaram o resultado do pleito.

 

A partir disso, um movimento armado derrubou o governo de Washington Luís e impediu que Prestes ocupasse o cargo. No dia 24 de outubro de 1930, Vargas assumiu como presidente provisório.

 

A ERA VARGAS

De 1930 a 1945

 

A Era Vargas foi um importante período da história brasileira. Ele aconteceu entre os anos de 1930 e 1945. O governo populista de Getúlio Vargas foi dividido em três fases: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo

 

"Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder. Muitos historiadores, inclusive, entendem o período 1930-1937 como a “gestação” da ditadura de Vargas. Vargas também ficou marcado pela sua aproximação com as massas, característica que se tornou muito marcante durante o Estado Novo. Ficou 15 anos no poder

 

Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à presidência por causa de um ultimato dos militares. Com a saída de Vargas do poder, foi organizada uma nova Constituição para o país e iniciada outra fase da nossa história: a Quarta República (1946-1964)."

 

Depois desse período, o ditador concorreu à presidência e foi eleito para o período de 1950 a 1954. Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no coração no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1954, em pleno exercício do mandato.

 

                                                                                                                Criação da Justiça Eleitoral

 

Criada durante a Era Vargas (1930-1945), a Justiça Eleitoral surgiu com o Código Eleitoral de 1932, como resposta ao anseio popular pela moralização do processo eleitoral brasileiro, que clamava pela realização de eleições confiáveis e passíveis de fiscalização. O texto trouxe inovações, como o sufrágio feminino, que garantiu às mulheres o direito de escolha de representantes.

 

 A primeira sede do TSE foi instalada provisoriamente em um edifício na Avenida Rio Branco, localizada no centro do Rio de Janeiro, então capital do país.

 

A Justiça Eleitoral foi restabelecida pelo Código Eleitoral de 1945, conhecido como Lei Agamenon Magalhães (Decreto-Lei nº 7.586/1945, após oito anos de extinção).

 

O decreto resgatou grande parte das atribuições que a JE possuía em 1932 e a estruturou com o Tribunal Superior Eleitoral – novamente instalado no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1960, quando foi transferido para Brasília (DF) - , um Tribunal Regional Eleitoral para cada Estado e Distrito Federal e juízos eleitorais onde houver comarcas.

 

                                                                                                Eleições presidenciais coordenadas pela JE

1ª ELEIÇÃO ORGANIZADA PELA JE/1945

 

1945 - EURICO GASPAR DUTRA - A primeira eleição presidencial organizada pela Justiça Eleitoral ocorreu no dia 2 de dezembro de 1945 com a escolha do general Eurico Gaspar Dutra como chefe do Executivo brasileiro. Ele recebeu 3.235.530 votos e se manteve na função.

 

1950 - GETÚLIO VARGAS  - Getúlio Vargas conseguiu voltar ao poder agora legitimamente eleito. Desta vez, Vargas chegou à Presidência por meio do voto direto no pleito realizado em 3 de outubro de 1950, ocasião em que contabilizou 3.829.560 votos.

 

1955 - JUSCELINO KUBITSCHEK -  A terceira eleição para presidente coordenada pela JE aconteceu no dia 3 de outubro de 1955, quando Juscelino Kubitschek foi eleito presidente do Brasil com 3.077.411 votos.

 

1960 - JÂNIO QUADROS - Também promovida pela Justiça Eleitoral, a quarta e última eleição antes da instauração do Regime Militar ocorreu em 3 de outubro de 1960, com a vitória de Jânio Quadros. No entanto, o presidente escolhido democraticamente com a maior quantidade de votos até então (5.636.623), renunciou ao cargo pouco menos de sete meses depois de ter sido eleito. O vice-presidente, João Goulart, assumiu a cadeira.

 

Em 1960, Jânio Quadros, do PTN – Partido Trabalhista Nacional venceu as eleições diretas para presidente da República com 48,23% dos votos válidos, algo em torno de 5,6 milhões de votos. Em segundo ficou o general Henrique Teixeira Lott, com 3,8 milhões de votos. Adhemar Barros teve 2,9 milhões de eleitores.

 

Nessa época o vice-presidente poderia ser de outra coligação partidária e assim foi feito. João Goulart do PTB – Partido Trabalhista Brasileiro venceu a indicação com mais de 4,5 milhões de votos. Em segundo ficou Milton Campos com 4,2 milhões e em terceiro Fernando Ferrari do MTR – Movimento Trabalhista Renovador.

 

O golpe militar de 31 de março de 1964

 

Descontentes com o governo Goulart, em 31 de março de 1964, os militares deslocaram tropas de Minas Gerais e de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde estava o presidente. No dia seguinte, a Presidência foi declarada vaga pelo Congresso Nacional e, com isso, deu-se início a uma série de providências para eleição do sucessor que completaria o mandato do presidente deposto.

 

Ditadura Militar (1964-1985)

 

Apesar de a Justiça Eleitoral ter sido mantida, a partir de 1964 as eleições indiretas para presidente voltaram a ser uma prática comum no Brasil.

No momento da cassação, uma eleição presidencial de caráter direto estava marcada para 3 de outubro de 1965. Até então, haviam sido anunciadas quatro pré-candidaturas: o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o então governador do estado da Guanabara Carlos Lacerda, o então deputado federal pela Guanabara e ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola e o ex-presidente Jânio Quadros. Todas as candidaturas foram abortadas, e a eleição nunca ocorreu devido ao golpe militar. 

A eleição de 1965 estava prevista para o dia 3 de outubro e não foi realizada devido à manobras do congresso em 31 de março de 1964, manobras apoiadas principalmente pelo empresariado, agronegócio, igreja católica, maior parte da imprensa e mídia brasileira, OAB (Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) onde o mandato de João Goulart foi definitivamente cassado em 2 de abril de 1964.

Os militares visavam a continuação do Exército no poder, prorrogando o governo de Castelo Branco, que deveria durar até 31 de janeiro de 1966, mas que durou até 15 de março de 1967. Até aquele momento, haviam se apresentado quatro candidatos oficialmente: Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek e Leonel Brizola.

 

AI - 1

 

Composta pelo Gal. Arthur da Costa e Silva, o tenente-brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo e o vice-almirante Augusto Rademaker, ministros de Ranieri, baixaram o Ato Institucional Número Um (AI-1), que dentre suas determinações estava a de que o Congresso se transformaria em um colégio eleitoral para a designação do Presidente da República. Assim sendo, a eleição presidencial realizou-se no dia 11 de abril de 1964, doze dias após a cassação.

 

De 1964 a 1985 foram realizadas seis eleições indiretas durante a Ditadura

 

No período, foram realizados seis pleitos indiretos para Presidência da República: três pelo Congresso Nacional e outros três pelo Colégio Eleitoral.

 

No último deles, em 1985, Tancredo Neves, um representante civil, foi escolhido presidente, marcando o início da redemocratização do país. Devido ao rápido agravamento do estado de saúde de Tancredo, o vice José Sarney tomou posse como chefe do Executivo Federal.

 

PRESIDENTES ELEITOS DE FORMA INDIRETA

DATA      ELEITO                                                            POR                                   PERÍODO              

1891      Manoel Deodoro da Fonseca                           Assembléia Constituinte      25.2.1891 a 23.11.1891

1934      Getúlio Dornelles Vargas                                  Assembléia Constituinte      20.7.1934 a 10.11.1937

1964      Humberto de Alencar Castello Branco             Congresso Nacional             15.4.1964 a 15.3.1967

1966      Arthur da Costa e Silva                                     Congresso Nacional             15.3.1967 a 31.8.1969

1969      Emílio Garrastazu Médice                                Congresso Nacional             30.10.1969 a 15.3.1974

1974      Ernesto Geisel                                                  Colégio Eleitoral                   15.3.1974 a 15.3.1979

1978      João Baptista de Oliveira Figueiredo                Colégio Eleitoral                   15.3.1979 a 15.3.1985

1985      Tancredo de Almeida Neves                             Colégio Eleitoral                    Não assumiu devido  seu falecimento.

 

Redemocratização: de 1985 até os dias atuais

 

A decadência do Regime Militar deu espaço para o ressurgimento da democracia no Brasil, cuja concretização ocorreu por meio da alteração da Constituição em vigor. Em 1986, o povo brasileiro elegeu os representantes para a Assembleia Nacional Constituinte que promulgou a Constituição Federal de 1988.

 

1989 - COLLOR DE MELLO - O 1º eleito pós-ditadura

 

A volta das eleições diretas para a Presidência da República com atuação expressa da Justiça Eleitoral ocorreu em 1989. O pleito realizado naquele ano contou com 82.074.718 eleitoras e eleitores aptos a votar. Fernando Collor de Mello recebeu 35.089.998 votos e foi o primeiro presidente eleito democraticamente desde 1960.

 

Collor de Mello enfrentou 32 candidatos no 1º turno, dentre eles, Lula, Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, Afif Domingos, Ulysses Guimarães, Roberto Freire, Aureliano Chaves, Ronaldo Caiado, Afonso Camargo Neto, Enéas Carneiro e Marronzinho. Havia outros (veja abaixo). Ele obteve 20,6 milhões de votos. Em segundo veio Lula com 11,6 milhões de votos e em terceiro, Leonel Brizola, com 11,1 milhões.

 

No segundo turno Collor recebeu mais de 35 milhões de votos contra 31 milhões de Lula.

 

O caçador de Marajás foi eleito pelo Movimento Brasil Novo (PRN, PSC, PST e PTR).

 

 O candidato foi o primeiro presidente eleito na disputa pluripartidária. Essa eleição contou mais de 116,3 milhões de votos válidos

 

1º PRESIDENTE ELEITO E 1º IMPEACHMENT REPUBLICANO

 

Além dos 13 candidatos mais votados, ainda tivemos as candidaturas de

 

1 – Paulo Gontijo/Luiz Paulino – PP

2 – Zamir José Teixeira/William Pereira da Silva – PCN

3 – Livia Maria Pio/Ardwin Retto Grünewald – PN

4 – Eudes Mattar/Daniel Lazzeroni Júnior – PLB

5 – Fernando Gabeira/Maurício Lobo – PV

6 – Celso Brandt/José Natan – PMN

7 – Antonio Pedreira/José Fortunato da França – PPB

8 – Manoel Horta/Jorge Coelho de Sá – PcdoB

9 – Armando Corrêa/Agostinho Linhares – PMB

10 – Silvio Santos/Marcondes Gadelha – PMB – Impugnada

11 – Jânio Quadros – PMC – Abdicou da candidatura por saúde

12 – Vasco Azevedo Neto – PSC – Desistiu

13 – Djanir Azevedo – PTN

14 – Boris Nicolaieviski – PS

15 – Nildo Martini – PNAB – Perdeu registro

16 – Julio Nascimento – Partido de Renovação Moral

17 – João Ferreira da Silva – PAS

18 – Lázaro Sampaio – PCS

19 – Hercílio Ricarte – PRTC

20 – Teolino Mendonça – PJB – sem registro

21 – José Maria Eymael/José Maria Botão Abreu – sem registro

 

Nessa eleição foram contabilizados 66.166.362 votos válidos

 

1º TURNO - Foram contabilizadas 9 793 809 abstenções em um eleitorado de 82 074 718 pessoas, significando uma taxa de comparecimento de 88,07%.

 

2º TURNO - Foram contabilizadas 11 814 017 abstenções em um eleitorado de 82 074 718 pessoas, significando uma taxa de comparecimento de 85,61%

 

No segundo turno, Collor repetiu o feito com 35 milhões de votos, contra 31 milhões de Lula. O candidato foi o primeiro presidente eleito na disputa pluripartidária. Essa eleição contou mais de 116,3 milhões de votos válidos

 

Observação: Collor foi o primeiro Presidente eleito pelo voto popular depois de 25 anos de regime de exceção. Seu curto período de Governo foi marcado por escândalos de corrupção o que levou a Câmara dos Deputados a autorizar a abertura do processo de Impeachment em 02.10.1992 e Collor foi afastado do poder. Na sessão de julgamento, a 29.12.1992, o Presidente Fernando Collor, às doze horas e trinta minutos renunciou ao  mandato para o qual fora eleito. Os Senadores aprovaram a inabilitação política de Fernando Collor por oito anos.

 

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)  julgou improcedente, na sessão de 24 de abril de 2014, a Ação Penal (AP) 465, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), pela suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva e peculato, previstos nos artigos 299, 312 e 317 do Código Penal, respectivamente.

 

1994 - FERNANDO HENRIQUE CARDOSO/1994 E 1998

 

A sexta eleição presidencial organizada pela JE após o hiato ocorrido durante o período da ditadura aconteceu em 1994, quando o eleitorado voltou às urnas para escolher Fernando Henrique Cardoso como chefe do Poder Executivo. Ele angariou 34.377.829 votos em 1994 e 35.936.916 em 1998, ano em foi reeleito para o cargo.

 

Eleições presidenciais informatizadas

 

Há quase 20 anos, em outubro de 2002, era realizado o oitavo pleito para eleger o próximo ocupante do Palácio do Planalto. Essa foi a primeira eleição presidencial totalmente informatizada desde a criação da urna eletrônica, implantada progressivamente em todo o país a partir de 1996.

 

2002 – LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva obteve 52.793.364 votos e foi o candidato escolhido para comandar o país pelos quatro anos seguintes.

 

2006 - Em 2006, ele foi reeleito para o cargo com 58.295.042 votos.

 

DILMA RUSSEF/2010 E 2014

 

Na décima eleição presidencial coordenada pela Justiça Eleitoral, realizada em 2010, Dilma Rousseff recebeu 55.752.529 votos com pouco mais de 33 milhões de José Serra. Ela foi a primeira mulher a presidir o Executivo Federal. Usou a coligação Para o Brasil seguir mudando (PTPMDBPDTPCdoBPSBPRPRBPSCPTC e PTN). 

 

Em 2014, Dilma venceu novamente, mas dessa vez contra Aécio Neves pela coligação Muda Brasil
(PSDBSDPMNPENPTNPTCDEMPTdoBPTB)

 

A presidenta ficou no cargo até até 2016, ano em que sofreu processo de impeachment pelo Congresso Nacional. 

 

O vice Michel Temer (MDB) assumiu o final do mandato da petista.

 

JAIR BOLSONARO/2018 - O 12º e mais recente pleito presidencial feito pela JE ocorreu em 2018, ano em que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República com 57.797.847 dos votos válidos.

 

Para a professora Albene Klemi, todas as eleições que ocorreram após a redemocratização representam períodos importantes na história do país. “Olhando objetivamente, dependendo do ponto de vista, dos anseios e da posição política, cada eleitor vai achar uma eleição mais marcante, que pode ser qualquer uma delas”.

 

BOLSONARO X LULA EM 2022

 

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disputou quatro eleições até ser eleito em 2002.

 

Agora é a quinta vez, em 2022 venceu as eleições no 1º turno contra o presidente Jair Bolsonaro, PL, que disputa a reeleição.

 

Até o momento, os institutos de pesquisa apontam para uma vitória do candidato petista no segundo turno, enquanto outros defendem que existe um empate técnico pró-Bolsonaro, ou com ele já na frente do candidato petista.

 

Essa resposta só saberemos dia 30 de novembro.

 

E viva a democracia!..


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