imagem_materia (1)

Senado Federal e Câmara dos Deputados garantem a reeleição dos dois dirigentes

 

>> O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lyra (PP-AL), já podem preparar o terno de posse para assumirem, dia 1º de fevereiro, mais um mandato de dois anos, à frente das duas maiores e mais representativas casas legislativas do país. Pelo menos é que se denota nas articulações dos partidos políticos que devem confirmar o apoio para os dois congressistas.

 

Contando com uma bancada de três senadores a partir de 2023, o PDT oficializou seu apoio à campanha do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a reeleição como presidente do Senado. Apesar de ser um apoio numericamente tímido, este será mais do que necessário. Ao contrário da Câmara dos Deputados, onde Arthur Lira (PP-AL) se encontra em uma posição confortável para preservar o cargo, Pacheco se esforça para garantir seu primeiro lugar.

Rodrigo Pacheco compete com Rogério Marinho (PL-RN), candidato anunciado por Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Apesar de não entrar na disputa com a mesma força de Pacheco, Marinho conta com o apoio do PL, que forma a maior bancada do Senado, de 14 senadores. Seu nome também atrai a simpatia de senadores dos demais partidos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Pacheco já conta com o apoio inicial das bancadas do PSD e do PT, sigla do governo, que juntas somam 21 senadores. Agregando os números dos demais partidos governistas (PSB e Rede), o parlamentar da bancada mineira já passa a ter 23 votos garantidos, dos 41 necessários para se eleger. Com o apoio do PDT, sua base de apoio já cresceu para 26 nomes.

 

Entre as demais bancadas, duas já garantem aliados. No MDB, Renan Calheiros (AL) e Renan Filho (AL) confirmaram o plano de votar na reeleição de Pacheco. Apesar de fazer parte da base do governo, o partido que terá um total de 10 senadores ainda não se reuniu para orientar seus senadores na eleição.

 

Marinho já busca apoio dos partidos da antiga base do governo Bolsonaro: PP, Republicanos, e PSC, além de procurar trazer para seu lado aliados no União Brasil e tentar convencer a bancada do PSDB, que se encontra indecisa. A maior bancada simpática ao seu nome é a do PP, com seis deputados. Em entrevista com o Estadão, seu líder Esperidião Amin (SC) afirmou que não há consenso na bancada.

 

O terceiro candidato é Eduardo Girão (Podemos-CE). Adotando os mesmos ideais que Marinho, Girão trabalha para tirar votos de Rodrigo Pacheco. Sua estratégia consiste não em articular com os demais senadores, mas em movimentar uma campanha em suas redes sociais para que os eleitores entrem em contato com os senadores de seus estados, e os convença a votar em outro nome que não o atual presidente da Casa. O Podemos conta com seis deputados, mas os cinco além de Girão tendem a votar no candidato do PL.

 

Candidatura de Pacheco

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, montou um bloco com PSD, MDB e União Brasil para disputar a reeleição. Somados, o grupo tem 35 senadores, seis a menos que o número necessário para ser eleito. O bloco deve ser formalizado no dia 1º de fevereiro, mesma data da eleição.

 

A informação foi confirmada pelo senador Renan Calheiros. “Já há uma decisão tomada desses partidos de montar esse bloco, que poderá ainda ser ampliado com outros partidos que têm demonstrado interesse em integrá-lo”, disse Renan.

 

Na última quinta-feira, o PT também anunciou apoio a Pacheco, mas ainda não há definição sobre participar formalmente do bloco.

 

Para Renan Calheiros, Pacheco deve ser reeleito sem sobressaltos. “A expectativa é de que ele (Pacheco) tenha mais de 50 votos, podendo chegar a 55”, disse.

 

A eleição para a Mesa Diretora está marcada para 1º de fevereiro de 2023 e o vencedor ocupará o cargo até fevereiro de 2025.

 

Protocolo da eleição ao Senado

 

A primeira sessão da posse, no dia 1º de fevereiro, será presidida pelo atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ele não deverá dirigir as eleições para Presidente, que é feita em uma segunda reunião, imediatamente após à posse. Isso porque, Pacheco deve ser candidato à reeleição, e, confirmada essa hipótese, passará o comando para o vice-presidente, senador Veneziano Vital do Rego, do MDB da Paraíba.

 

Os trabalhos no Senado recomeçam na quarta-feira (1º) com a posse dos senadores eleitos em outubro de 2022. O início está previsto para as 15 horas. Depois, às 16 horas, começa a reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado. O mandato do presidente, que também responde pela Presidência do Congresso Nacional, é de dois anos. Tradicionalmente, o registro de candidaturas à presidência do Senado pode ser feito até o início da reunião em que ocorre a eleição.  

Câmara dos Deputados

 

O atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), concorre à reeleição e é o favorito na disputa, já que terá apoio da maioria dos partidos (16 siglas) e deve reunir votos de diferentes correntes políticas, como a do PT, do presidente Lula, e a do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.


CONGRESSO NACIONALSENADO FEDERALCÂMARA DOS DEPUTADOSELEIÇÕES