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Caiado promete quebrar esse paradigma

e aposta em Mabel para Goiânia

 

>> Não foi fácil para o governador Ronaldo Caiado (UB) escolher um dos “cavaleiros da Távola Redonda” para disputar as eleições municipais deste ano. E olha que ele percorreu os 12 partidos da sua base governista até chegar ao “homem das bolachas”, o ex-deputado federal Sandro Mabel. O escolhido tem o perfil ideal que as pesquisas qualitativas indicavam ao Governador, experiência administrativa e política capazes de enfrentar os adversários. Caiado foi até ao pai de Sandro, Nestore Scodro para solicitar sua “bênção” e aceitar a indicação do filho como pré-candidato a prefeito de Goiânia, pelo União Brasil (UB). Garantiu que nada lhe faltará. Convite aceito, agora falta mexer no doce melindroso, a indicação do vice, cargo que vem sendo disputado à tapa pelos partidos aliados, com forte predominância de evangélicos e que certamente terá a unção do chefe do Executivo Estadual. Dia 5 de agosto, último prazo para a definição de candidaturas, o UB terá definido na convenção, o candidato a prefeito, vice e vereadores. O registro definitivo das candidaturas deve ser feito até o dia 15 de agosto e 20 de agosto para pessoas do sexo feminino e negros.

 

Caiado, ao que tudo indica, deve indicar o deputado evangélico Henrique César (Podemos) para a vice de Mabel. O ungido é genro do líder da igreja Assembleia de Deus Campo Campinas, Oídes José do Carmo. Até segunda-feira, as águas vão rolar, e não prometem ser em banho-maria. Os descontentes de plantão já preparam suas armas.

 

O que vem por aí

 

Nosso Portal preparou um enredo onde revela a disputa que será travada em Goiânia, pelo menos por oito pré-candidatos, até agora. As eleições acontecem dia 6 de outubro (1º turno) e 27 de outubro, em caso de segundo turno.

 

Conheça um pouco da história de cada um dos pré-candidatos nas edições seguintes. Já estão anunciados: Sandro Mabel (UB), Adriana Accorsi (PT), Vanderlan Cardoso (PSD), Fred Rodrigues (PL), Rogério Cruz (Solidariedade), Professor Pantaleão (UP), Leonardo Rizzo (Novo) e Matheus Ribeiro (PSDB).

 

Fundo Eleitoral milionário

 

O Fundo Eleitoral deste ano aprovado pelo Congresso Nacional para as eleições municipais no Brasil será de R$ 4,9 bilhões. Eles queriam R$ 6 bilhões, mas o presidente Lula da Silva (PT) vetou e caiu para esse valor. Os recursos serão destinados para se eleger 5.570 prefeitos e aproximadamente 58.114 vereadores, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Só o Distrito Federal e a ilha de Fernando de Noronha (PE) não têm eleições municipais.

 

O valor deste ano anunciado é mais que o dobro do registrado nas eleições de 2020, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que liberou R$ 2 bilhões, em plena pandemia da Covid 19. Naquela ocasião, UB e PL ficaram com a maior fatia e juntos somaram mais de R$ 1,2 bilhão.

 

Em 2024, os congressistas não perdoaram e dessa vez enfiaram a faca no erário público para custear os gastos com divulgação.

 

O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai receber R$ 886 milhões, enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, ficará com R$ 619 milhões. Isto se deve porque as duas agremiações têm maior representação dentre os 513 integrantes da Câmara dos Deputados. Um tem 95 e outro 81 deputados federais eleitos, respectivamente. Ao que tudo indica, dinheiro não vai faltar.

 

Já no Senado Federal é diferente, o PSD é o líder e tem o maior número de cadeiras com 15, seguido do PL com 12 e MDB com 11. O PT só tem 8 parlamentares. O Fundo Eleitoral proporciona a divisão dos recursos de acordo com o número de representantes no Congresso Nacional composto por senadores e deputados federais.  

 

Veja a lista dos 29 partidos políticos que devem receber os impressionantes R$ 4.961.519.777,00 do Fundo Eleitoral:

 

 

 

Os partidos “nanicos”, sem representação no Congresso Nacional, como o AGIR, DC, Mobiliza, PCB, PCO, PMB, PRTB, PSTU e UP receberam a cota mínima de 2% do Fundão o equivalente a R$ 3.421.737,78 para cada um.

 

Eleições em Goiás

 

Dos 246 municípios goianos, apenas três, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis terão a possibilidade de eleições em dois turnos, caso o pleito não seja decidido na primeira votação.

 

Em Goiânia

 

Já são 8 os pré-candidatos anunciados para disputar a sucessão do prefeito Rogério Cruz, em Goiânia. O atual mandatário resiste em sua reeleição embora enfrente dissidências dentro do seu antigo partido, o Republicanos.  Agora no Solidariedade, ele busca voo solo, sem apoio do governador Ronaldo Caiado.

  

Confira os pré-candidatos já definidos e anunciados pelos partidos políticos:

 

1 - Adriana Accorsi (PT)

2 - Professor Pantaleão (UP)

3 – Fred Rodrigues (PL)

4 - Leonardo Rizzo (Novo)

5 - Matheus Ribeiro (PSDB).

6 - Rogério Cruz (Solidariedade)

7 - Vanderlan Cardoso (PSD)

8 - Sandro Mabel (UB)

 

Os partidos políticos tiveram até 20 de julho para captar recursos para as campanhas. Os que renunciaram ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) tiveram até 3 de junho para comunicar a decisão ao TSE. Mas nenhum deles renunciou a bolada do Fundo Eleitoral.

 

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E

 REGISTRO DE CANDIDATURAS

 

As Convenções partidárias e registros de candidaturas serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto, onde serão deliberadas as coligações, candidatos e candidatas aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

 

Registro de candidaturas – Até 15 de agosto

Após a definição das candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.

 

Candidaturas femininas e de pessoas negras – Até 20 de agosto

Até 20 de agosto, o TSE deve divulgar os percentuais de candidaturas femininas e de pessoas negras por partido para a destinação dos recursos do Fundo Partidário e do FEFC, calculados sobre o total de candidaturas que constam de pedidos coletivos (RRC) e individuais (RRCI) no território nacional, para a destinação de tais recursos públicos.

 

 A POLARIZAÇÃO INEVITÁVEL

 

As eleições municipais deste ano em Goiânia deverão ser marcadas novamente pela polarização ocorrida em 2022, quando bolsonaristas e lulistas se enfrentaram na disputa pela presidência da República.

 

Até o dia 5 de agosto, os partidos políticos devem realizar as convenções para a indicação de candidatos a prefeito, vice e vereadores.

 

Voltaremos ao tema após esse dia, para avaliar as chapas formadas para as eleições municipais de Goiânia. Muitos candidatos ainda não indicaram os vices.

 

Na próxima edição, vamos revelar quem são os puxadores de votos na Capital e se eles conseguem transferir o prestígio para os seus candidatos. Aguardem.  


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