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Alto risco de dengue preocupa o Governo de Goiás 

 

Estratégia foi adotada pela Secretaria da Saúde em parceria com Corpo de Bombeiros. Gabinetes devem funcionar 24 horas por dia. O Governo de Goiás instalou um gabinete de crise para combate às arboviroses nos 91 municípios caracterizados como de alto risco para dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegipty. A ação, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), foi realizada por meio de reuniões virtuais que ocorreram nesta sexta-feira (19/01). Participaram a alta gestão da SES e do CBM, além de secretários municipais de saúde e profissionais que atuam diretamente na prevenção, combate e assistência à dengue, chikungunya e zika. 

 

Saúde e Defesa Civil entram em ação no apoio a municípios prioritários para reforço do combate à dengue 

São caracterizados como municípios de alto risco para arboviroses aqueles que superaram o número aceitável de casos, aferido proporcionalmente à população. O superintendente de Planejamento da SES, Rasível dos Santos, destacou a importância da união de esforços dos gestores e profissionais de todos os municípios envolvidos nessa força-tarefa. “Estamos passando por um momento crítico. Se não agirmos agora, podemos ter consequências com complicações e mortes”, assinalou. Os dados da SES apontam que neste ano foram registradas duas mortes por dengue e outras quatro estão em investigação. 

 

Combate


A primeira reunião contemplou gestores e profissionais de 21 municípios nos quais a assistência é feita exclusivamente em unidades básicas de saúde. A outra reunião teve a participação de representantes de outros 70 municípios que, além das unidades básicas, são dotados de unidades de pronto atendimento (UPAs) e de hospitais. Em ambos os encontros virtuais, o superintendente de Planejamento da SES colocou a estrutura da secretaria à disposição dos municípios para a capacitação dos profissionais em manejo clínico e atendimento à população. Ele afirmou ainda que os gabinetes devem ser instalados também em cada um dos hospitais e das UPAs dos municípios.

 

UPA de Águas Lindas com gabinete de crise montado,  fornecendo dados em tempo real para tomada de decisão do Estado 

Sinais de alerta


Rasível dos Santos destacou que o Estado corre o risco de ter uma epidemia de dengue e chikungunya devido à circulação simultânea de quatro sorotipos e que essa possibilidade pode ser minimizada com o funcionamento dos gabinetes de crise, a interação entre municípios e o Estado, e a realização de ações estratégicas coordenadas e pontuais. Ele acentuou que os gabinetes de crise devem funcionar 24 horas por dia e conter mapas e planilhas com informações necessárias à tomada de decisões, como quantidade de insumos e leitos, número de casos da doença e estoque de medicamentos, entre outros. E, ainda, envolver gestores e profissionais de áreas afins, entre elas Meio Ambiente, Defesa Civil e Educação. 

 

O subsecretário de Atenção e Vigilância à Saúde, Luciano Moura, destacou que os gabinetes de crise têm prioridade no reforço da atenção primária para evitar que os casos de arboviroses evoluam para situações graves, que exijam internação. Um dos cuidados mais importantes nos casos leves das doenças é a hidratação oral com água. A medida extremamente simples é fundamental para evitar o agravamento dessas doenças. 

 

Águas Lindas


O primeiro Gabinete de crise de combate à dengue municipal foi instalado na sede da Vigilância em Saúde de Águas Lindas de Goiás, cidade com um óbito confirmado e curva ascendente de casos de dengue. Dois gabinetes hospitalares foram implantados na UPA Odisseia e no hospital municipal Bom Jesus para o monitoramento diário dos pacientes e insumos. 

 

Segundo o prefeito Lucas Antonietti, a ferramenta será muito útil no apoio ao município que programou uma grande mobilização. O Dia D da Dengue será no sábado (20/01) envolvendo todos os agentes do município, como os de limpeza urbana, e da Defesa Civil nas visitas domiciliares. “Sem a população não avançamos. É a ação de cada um que pode deter a contaminação”, alerta Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás. 

 

Fotos: Iron Braz

 

 


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